Quase um ano após ser vítima de um erro médico no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, a pequena Luna, que teve a perna errada operada, voltou a ser internada com uma grave infecção. A mãe da criança, Fernanda Cabral, teme que sua filha perca a perna devido à negligência no atendimento e à falta de uma solução definitiva para o problema causado pela equipe médica.
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Segundo Fernanda, Luna passou por várias cirurgias desde o erro inicial e recebeu alta em novembro do ano passado, mantendo acompanhamento médico. No entanto, na última semana, os médicos decidiram retirar um fixador externo da perna da criança e substituí-lo por um gesso, procedimento que a mãe questionou, mas foi informada que seguia o protocolo do hospital. Dias depois, a perna de Luna inflamou e ela foi diagnosticada com celulite infecciosa, uma infecção grave da pele que pode levar a complicações severas.
“O que eu esperava depois de tudo isso era que Luna tivesse uma assistência adequada, que tentassem resolver o problema. Mas agora vem mais essa”, desabafa a mãe.
Além da preocupação com o estado de saúde da filha, Fernanda denuncia as condições precárias do hospital. Segundo ela, o quarto onde Luna está internada apresenta falta de higiene, aumentando os riscos de novas infecções. “A situação é precária. Luna já pegou uma bactéria no passado e eu estou vendo a hora o pior acontecer porque os profissionais parecem perdidos, sem saber o que realmente minha filha tem”, alerta.
A mãe da criança também relata que tentou conseguir uma transferência para um hospital de referência, como o Help, mas o pedido foi negado. “Eles disseram que só seria possível ir para o Metropolitano ou para o hospital de Patos. Mas eu sei que no Help tem estrutura e não custava nada transferirem Luna para lá”, lamenta.
Quase um ano depois do erro médico, Fernanda afirma que até o momento nenhuma providência foi tomada contra os responsáveis. “A vida de todo mundo seguiu, inclusive dos profissionais que estavam lá no dia da cirurgia errada. Só a minha e a de Luna que pararam. Quem está sofrendo é ela”, diz, indignada.
