SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Vinte mineiros morreram e sete ficaram feridos na madrugada desta sexta-feira (11) em um ataque realizado por assaltantes armados na província de Baluchistão, no sudoeste do Paquistão, informou a polícia.
O ataque, ocorrido na província rica em minerais que faz fronteira com o Afeganistão e o Irã, é o pior em semanas e aconteceu dias antes de o país sediar uma cúpula do grupo eurasiático Organização de Cooperação de Xangai.
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Também ocorreu enquanto Islamabad recebe uma delegação da Arábia Saudita que está explorando acordos de mineração no país sul-asiático, que tenta se recuperar de uma crise econômica.
“Por volta das 0h30, entre 35 e 40 homens vestidos à paisana e fortemente armados abriram fogo contra os trabalhadores de uma mina de carvão durante cerca de 30 minutos antes de fugirem”, declarou à AFP Asim Shafi, chefe da polícia do distrito de Duki, onde ocorreu o ataque, a 225 km da capital provincial, Quetta.
“Eles estavam equipados com lança-foguetes e granadas”, acrescentou.
Os atacantes reuniram os mineiros em um local e abriram fogo contra eles, informou a mídia local, e as autoridades disseram que eles também destruíram equipamentos e incendiaram maquinário de mineração.
Kaleemulá Kakar, um alto funcionário do distrito, confirmou à AFP o número de mortos e acrescentou que outros sete trabalhadores ficaram feridos.
Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque, no qual os mortos incluíam quatro cidadãos afegãos, enquanto outros quatro do país ficaram feridos.
Baluchistão é a província mais pobre do Paquistão, apesar de seus importantes recursos minerais e de gás, cujo controle é reivindicado pelos separatistas.
Os separatistas realizam regularmente ataques mortais contra as forças de segurança e contra paquistaneses originários de outras províncias.
Vários dos ataques têm como alvo trabalhadores migrantes, muitos dos quais são empregados por minas menores, operadas de forma privada.
O primeiro-ministro Shehbaz Sharif pediu um relatório sobre o incidente e afirmou que o governo esta “determinado a erradicar todas as formas de terrorismo”.
“O governo provincial ordenou uma investigação e o caso foi registrado contra agressores desconhecidos sob a lei antiterrorismo”, afirmou um funcionário.

